As expectativas
são tão amigas das mulheres como as leggings. Ambas nos proporcionam conforto,
tornam-nos confiantes, porém as duas levam-nos a ignorar riscos (e nem vou
enumerar quais, sob pena de escrever toda a publicação acerca desse assunto).
Toda a mulher,
quando está em frente a um jovem elegante, charmoso, que lhe alimenta o
interesse, vê na sua mente um fast forward de um romance hollywoodesco: uma
praia paradisíaca pintada pelas cores quentes do pôr-do-sol e beijos calientes trocados no areal enquanto a
água gelada toca os calcanhares. Difícil é parar o filme, sair dele. As
expectativas fazem-nos refém do enredo e teimam em não deixar escape para uma
libertação possível. Ficamos acorrentadas, com a visão toldada. O sujeito vira
costas e a trama continua: “Será que vai ligar?”, “ Será que não?”, “Mando
mensagem?”, “Porque é que não responde?”, “Quando é que o vou voltar a ver?” e
por aí em diante. Bem, eu não me canso de dizer: Se um homem está interessado
ele vai, com certeza, fazer alguma destas coisas. Eles não são suficientemente
audazes para jogar jogos complexos com a mente feminina mas, cautela porque o
único romance que eles sabem escrever é com o nosso decote. Mesmo assim não os
posso culpar. Eles não são maus, nós é que somos péssimas a interpretá-los.
O melhor é, como
dizem os “irmãos” brasileiros, “não forçar a barra”. Não vale a pena forçar um
eventual interesse. Não vale a pena alimentar expectativas. Frieza para quebrar
as amarras, razão para manter bem assentes os pés na terra porque sim, quando o
interesse deles é genuíno, eles são como nós, fazem tudo igual. A paixão não é
uma doença do sexo forte (o nosso).
Andreia Moreira
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