sexta-feira, 2 de novembro de 2012

Quando o ex namorad@ é uma besta


Eu sabia que um título como este seria suficiente para te levar a ler esta publicação, mas lamento desiludir-te. Não vou insultar ninguém, muito menos aqueles que jazem em paz para lá de Bagdad. Porém peço que não pares a tua leitura por aqui porque eu tenho um rol de inquietações que, muito sinceramente, não sei se deva pedir à FCT para me financiar uma investigação ou implore à chefe de redação da revista Maria por umas páginas naquela que é a melhor “conselheira” das donas de casa divorciadas e das pessoas com dores de dentes. Apoquenta-me a falta de originalidade dos “ex”. Não estivesse o cozinheiro Hélio ocupado a chatear a cabeça da Petra na que dizem ser a casa mais famosa do país (ignorando tantas outras casas cheias de “meninas” espalhadas pelo território nacional) e já eu lhe estava a pedir mais uma queda, desta vez de bicicleta, precedida pelo slogan “A originalidade é uma cena que ao ex não assiste”. Exemplos?! Não faltam.

- “Alerta! O/A  “ex” aproxima-se e eu aqui sozinho/a sem saber o que fazer. Porque é que não tenho o manto da invisibilidade na mochila? Mas, espera, eu tenho um telemóvel no bolso! Deixa lá fingir que estou a escrever uma mensagem.” - Todos fazem o mesmo. Não é mal pensado de todo, afinal, desde que as mensagens são ao preço da chuva e se descobriu que a chuva não tem preço, anda tudo de olhos postos no aparelho a usar e abusar do seu polegar oponível, mas o/a “ex” já não é parvo, não vai acreditar. Finjam antes que estão a apertar os cordões ou então, porque não, atirem uns trocos para o chão, como quem atira milho às pombas, e despachem-se em apanha-los.

- Terminado o período de luto, abre, mais uma vez, a época de caça. A licença de caçador esconde-se na gaveta (ninguém precisa de se sentir uma presa) e as armas, bem, essas são as mesmas de sempre mas com upgrades. Comecemos pela escolha da roupa: um jantar com a “presa” e nada para vestir. “Espera, o/a ex elogiava-me sempre que eu vestia a peça de roupa x. (veste a peça e olha-se ao espelho) Realmente, isto fica-me mesmo bem.” Só faltava acrescentar: “Sou mesmo irresistível.”. Não é. Se fosse não contava uma lista de ex’s. Mas lá vai ele/a com os níveis de confiança lá em cima. Mas vai para onde? Para o restaurante onde jantou com o/a ex, depois passa pelo bar onde namorou com o/a ex e termina em casa, no quarto, onde “traçou” o/a ex.

Falta a criatividade, a imaginação mas sobra a certeza: quem faz com a “cara nova” o que fez com a “cara velha” das duas, uma: ou está amarrado/a ao passado ou é burro/a de todo. Seja para que hipótese for: não tem futuro.
 
P.S: Recusem-se a devolver o que vos foi oferecido.
 
Andreia Moreira

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