Eu sabia que um
título como este seria suficiente para te levar a ler esta publicação, mas
lamento desiludir-te. Não vou insultar ninguém, muito menos aqueles que jazem
em paz para lá de Bagdad. Porém peço que não pares a tua leitura por aqui
porque eu tenho um rol de inquietações que, muito sinceramente, não sei se deva
pedir à FCT para me financiar uma investigação ou implore à chefe de redação da
revista Maria por umas páginas naquela que é a melhor “conselheira” das donas
de casa divorciadas e das pessoas com dores de dentes. Apoquenta-me a falta de
originalidade dos “ex”. Não estivesse o cozinheiro Hélio ocupado a chatear a
cabeça da Petra na que dizem ser a casa mais famosa do país (ignorando tantas
outras casas cheias de “meninas” espalhadas pelo território nacional) e já eu
lhe estava a pedir mais uma queda, desta vez de bicicleta, precedida pelo slogan “A originalidade é uma cena que
ao ex não assiste”. Exemplos?! Não faltam.
- “Alerta! O/A “ex” aproxima-se e eu aqui sozinho/a sem
saber o que fazer. Porque é que não tenho o manto da invisibilidade na mochila?
Mas, espera, eu tenho um telemóvel no bolso! Deixa lá fingir que estou a
escrever uma mensagem.” - Todos fazem o mesmo. Não é mal pensado de todo,
afinal, desde que as mensagens são ao preço da chuva e se descobriu que a chuva
não tem preço, anda tudo de olhos postos no aparelho a usar e abusar do seu
polegar oponível, mas o/a “ex” já não é parvo, não vai acreditar. Finjam antes
que estão a apertar os cordões ou então, porque não, atirem uns trocos para o
chão, como quem atira milho às pombas, e despachem-se em apanha-los.
- Terminado o
período de luto, abre, mais uma vez, a época de caça. A licença de caçador
esconde-se na gaveta (ninguém precisa de se sentir uma presa) e as armas, bem,
essas são as mesmas de sempre mas com upgrades. Comecemos pela escolha da
roupa: um jantar com a “presa” e nada para vestir. “Espera, o/a ex elogiava-me
sempre que eu vestia a peça de roupa x. (veste a peça e olha-se ao espelho)
Realmente, isto fica-me mesmo bem.” Só faltava acrescentar: “Sou mesmo
irresistível.”. Não é. Se fosse não contava uma lista de ex’s. Mas lá vai ele/a
com os níveis de confiança lá em cima. Mas vai para onde? Para o restaurante
onde jantou com o/a ex, depois passa pelo bar onde namorou com o/a ex e termina
em casa, no quarto, onde “traçou” o/a ex.
Falta a criatividade,
a imaginação mas sobra a certeza: quem faz com a “cara nova” o que fez com a “cara
velha” das duas, uma: ou está amarrado/a ao passado ou é burro/a de todo. Seja para
que hipótese for: não tem futuro.
P.S: Recusem-se a devolver o que vos foi oferecido.
Andreia Moreira
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